segunda-feira, 28 de abril de 2008

A verdade é essencial na nossa vida!...

Cada vez pergunto mais a mim própria, se é importante conhecer a verdade dos acontecimentos que marcaram profundamente a nossa vida e a de milhões de outras pessoas. E, acredito que sim! Só conhecendo e dando a conhecer a verdade poderei ter paz no meu espírito. Estou a referir-me ao que representou a revolução portuguesa do 25 de Abril de 1974. Não estou a fazer julgamentos, nem juízos de valores, estou apenas a reflectir sobre as motivações,as consequências, as desturpações, a utilização dos motivos para justificar outras acções; enfim, do enorme "equívoco" com que passámos a viver e que foi transmitido às gerações seguintes.

Tenho estudado, lido, discutido e pensado muitissimo sobre o assunto; cresci, numa realidade africana durante o regime colonial português; por razões que não percebi então, fui arrancada do país que era o único com o qual tinha uma relação de pertença, Angola. Tive que reinventar uma vida num lugar onde não tinha referências nem identidade. À distância, sei que o mais difícil, foram as mentiras; a verdade mesmo muito má, permite fazer uma análise, tomar decisões, até conseguir uma reconciliação com processos que consideramos profundamento errados, ou desnecessários, ou mal conduzidos, ou fundamentados por motivos que servem interesses restritos e aniquilam milhares de vidas e destroem outros milhares. A História, tem muitos exemplos!

A revolução portuguesa de 25 Abril, serviu para justificar muitos processos que não foram o motivo da revolução; deu guarida a imensas mentiras, a deturpação de muitos valores sociais (acretido que teve alguns efeitos positivos na sociedade portuguesa).

Um dos processos que foi "colado" à revolução foi o da descolonização das colónias portuguesas em África. Para quem viveu, como eu, estes períodos da História, os estuda e analisa, em documentos de história, em diversos livros publicados, em notícias, entrevistas, debates; que cresceu desde os dezoito meses de idade, estudou, casou, teve um filho, o primeiro emprego, em África, que viveu a "revolução", e que que se integra aos poucos no imenso país que é a Angola independente e actual... Para mim é necessário que seja contada a verdade! Não podemos ter paz sem a contarmos, e só há uma verdade! Depois de conhecida a verdade, as motivações, os actores e os seus reais interesses, a reconciliação com o passado será possível e saudável. Não confundam os meus pensamentos! O processo de autonomia como caminho para a indepedência das colónias, começou muitos anos antes da "revolução"! Não vos parece que teria havido caminhos pacíficos? Seria preciso perder tantas vidas, desestruturas países, criar tantos ódios? Quem é que não queria a independência das colónias portuguesas em África? Não éramos nós, nem os portugueses comuns!

Querem comigo, mostrar a verdade?

Volto mais tarde. Até breve.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Se eu fosse uma feiticeira...

Feitiço e religiosidade! Estou com dificuldade em separar as questões. Talvez o feitiço tenha uma relação óbvia com "forças do mal". Sendo assim, creio que o nosso mundo está repleto de "feiticeiros"... o pior é que se escondem habilmente traçando projectos de fazer o bem! Os resultados têm sido tão desastrosamente maus... mas continuamos a acreditar que há uma pressão internacional, para forçar a que realmente os projectos dos "feiticeiros" sejam imbuídos de humanismo e resultem em bem.

Se realmente os "feiticeiros" são forças negativas, então não quero ser feiticeira... mas gostava de fazer magia e transformar os tais "feiticeiros" em... (não encontro nada que mereça tal má sorte)... em... pedras feias!... este é o meu espírito de hoje.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Ajuda!... a ficar mais e mais pobre...


O continente africano recebe, cerca de um terço, do total da ajuda dada por governos em todo o mundo, de acordo com a OCDE.

O Banco Mundial, diz que a ajuda é muito mais eficaz e menos vulnerável à corrupção quando condicionada à boa governação! Assim, os governos que a recebem têm que implementar determinadas políticas para receber ajuda... ou gastar os recursos comprando bens e serviços do país doador... O que resta de tanta "ajuda" para desenvolver de facto os países mais pobres? Da "ajuda" para fazer as reformas estruturais e institucionais sustentáveis nos países pobres?...

Afinal, a "ajuda" é para Consolidar a pobreza?...

domingo, 6 de abril de 2008

Desenvolvimento! ...qual o preço?




(...)A super estrutura económica, ideológica e cultural, centrada na capital do país, Luanda, e nas capitais provinciais, criou um contexto nacional, que muito tem dificultado o desenvolvimento global das populações na totalidade do país(...)